Supernova
- Clara Godoy
- 4 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
O vinil chia, no fundo. O gelo do meu copo whisky derrete. Meu cigarro solta sua fumaça, encostado no cinzeiro. Finalmente, paz.
Fique tranquila que eu vou te alcançar um dia. E esse dia, ouvindo esse mesmo vinil, vou sorrir. Quero que você me desafie a ir mais longe que agora. Mesmo que por agora isso seja só uma obsessão.
Qual nome posso te dar, aquele que represente-a como um todo. Uma pessoa digna, que o olhar vai as letras escritas. Delas, vai depreender o significado errado. Esse texto não é para você.
Naquela cidade, seca, sem vida.
Naquele vespeiro de poder
Me espere lá
Isso é só um aviso. Um dia quando essas palavras chegarem a você, verá que eu venci. O que eu queria, eu consegui. E quando ver, não restará muito tempo até o apocalipse.
Sempre fui a emissária do caos. O caos interno, o caos externo. Minhas sobrancelhas arqueam para mostrar minha expressão. Um dia, aquele corredor que você anda, será meu.
Dê espaço para a juventude. Dê espaço para mim e verá.
Eu quero honrar o seu legado imutável e intrasmissível. Eu quero levar sua batalha para a guerra. Eu quero ganhar e ser dona desse mundo pequeno. E eu quero fazer isso do meu jeito. Eu quero que seja especial, seja diferente. Tudo sempre muito certinho me faz sentir tédio. Let's stir this shit up, your honor.
Venha, olhe nos meus olhos. Testemunhe o desastre natural por trás dos meus olhos castanhos. Vou incendiar esse mundo velho. Quero criar um mundo novo.
Eu tenho uma promessa comigo mesma. E custe o que custar vou cumprí-la. Mesmo que eu tenha que passar por cima de você.
Quero assistir os próximos capítulos. Quero ver você alcançando os novos patamares que espero que chegue. Estou para trás, como por óbvio. Mal vejo a hora de te encontrar no tribunal.
Vamos tirar cartas. Deixe o futuro cuidar disso.
Te vejo lá, Supernova
Se você não tiver implodido a galáxia em que está.

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