Ressaca
- Clara Godoy
- 21 de mai.
- 1 min de leitura
Atualizado: 1 de jun.
Me apaixonar é como a ressaca de amor. Deixa minha cabeça fantasiando, doendo de amor. Se é que é amor, o que começa a formigar de leve nas mãos e nos pés, que sinto.
Devagarinho, de fininho, você vai adentrando mais a minha vida.
Eu sinto culpa, culpa de te amar. Tenho medo de demonstrar esse lado. Tenho medo de me deixar levar. Medo de cair de um precipício intitulado amor.
Não aguento mais, essa ressaca de amor. Ela me deixa tonta. Quando você me beija... com os olhos inocentes, me olhando com amor, me vê despida.
O que fazer para curar essa ressaca de amor? Não aguento mais ansiar pela sua vinda, querer ver seus olhos claros e sentir culpa de sentir esse amor, uma culpa que me sufoca.
Mas você com seu jeito malandro vai me conquistando aos poucos. Galanteador e paciente. Seus movimentos são calculados. Seu sorriso é de fora desse mundo, e quando comigo ele sempre aparece.
Padeço e pareço que nunca vou me curar. Ando e desando. Deveria eu me entregar?
A noite nem está fria. Nessa noite terna de outono, eu me pego ansiando pelo dia do nosso encontro. Eu olho para o asfalto quebrado, procuro a lua no céu só para não achar. Ela sempre me protege. Por que ela não está aqui agora? Preciso que ela me guie.
Muitos pensamentos inundam a minha mente. Será certo? Será dará certo? Será querer certo? Não tenho as respostas.
Será que a resposta reside nos seus olhos? Posso aproveitar sem a culpa? Posso me afogar no seu olhar de maresia?
Ah, a ressaca. Minha cabeça gira. A ressaca do amor.
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