Cidade
- Clara Godoy
- 14 de jun.
- 2 min de leitura
Cidade Litorânea. É uma pequena cidade litorânea. Uma cidade com casinhas coloridas, morros, altos, baixos. Mar. É uma cidade litorânea. É para lá que vou me transportar.
Dentro de uma cidade pequena, dentro de uma das casinhas coloridas, tem uma pessoa. Ela passa todos os dias por meio das casinhas, vielas, pedras no chão da rua, desce desce e já chega na praia.
Todo dia, a maioria das pessoas, passa o trajeto pelos pés. Mas um bocado que passa o trajeto pelas vielas de carro. E outras de bicicleta. E realmente, qualquer meio de transporte que possa ser usado. Desde que o cachorrinho fique na cestinha da bicicleta, está tudo bem.
No meio das vielas pequenas, bares de rua celebram os ébrios de sempre. Dentro das vielas, está o coração da cidade. Ele pulsa, com as risadas, conversa alta, e arrotos de cerveja. Ele tem vida. Nas vielas, ele se refastela, pois nas vielas, o coração não conhece da tristeza
Não da tristeza que a lua sente. Separada do Sol, tarde da noite, Ela se reflete triste na superfície do mar. Separada do amor, ela vira prece dos apaixonados a luz da sua luz.
O coração da cidade também sente a calmaria. A calmaria do mar, da noite e do dia prestes a raiar. O nascer do Sol, a despedida da Lua. A cidade sente
E se houvesse um menino, nessa cidade. Vivendo, talvez, perto de vielas pulsantes. Ele escapa. Um dia, ele resolve assistir o luar refletido na água salgada do mar. Maré baixa, Maré alta. E vê o nascer do sol. Volta cedinho, para a família não perceber seu sumiço. Deita na cama com o menor dos barulhos e finge dormir. Dali um pouco, cai no sono.
A cidade pulsa, viva.
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