Paraíso
- Clara Godoy
- 24 de mai. de 2021
- 1 min de leitura
Bom dia leitores! Tenho crescido com a ajuda dos meus amigos, você aí na telinha que está lendo. Muito Obrigada! Adoro escrever e é muito bom ver que pessoas gostam!
Mais um texto. Não sei bem se vou continuar a coletânea, mas estou disposta a continuar escrevendo, tenho que ver como encaixo tudo. Esse texto se chama paraíso
Paraíso
Um paraíso em branco. Um dia no paraíso. Sinto a brisa pura sobre meu rosto e meus cabelos se levantam, o vento sorri para mim, levanta a minha saia e espia minhas pernas. Um dia no paraíso. Estou sozinha. O solo é feito de nuvens, assim como o céu. Um paraíso em branco. O céu azul me revolve completamente.
Diferente do meu sonho anterior, cheiro metálico e sangue espalhado. Lá era tudo preto, escuro. Aqui tudo é branco, azul, claro
Eu não vejo ninguém. Seria esse meu infinito particular a desfrutar? Mas seria eu tão egoísta de querer que mais alguém o desfrutasse comigo? É tudo tão perfeito, tão simétrico, mas tão sozinho. Estou sozinha e não consigo me levantar. Não consigo pedir ajuda. Estou muda. Nesse mundo, não podemos falar.
Quebro a barreira que me segura. O chão se dissolve aos meus pés. Caio, mas não a queda anterior. Não quero morrer, não quero desistir.
O mundo invertido é escuro. Nada reflete já que estou na escuridão. Não vejo nada, meu corpo, minhas mãos, meus pés, nada. Grito, e pelo menos aqui, meus gritos conseguem ecoar. Mas quem garante que serão ouvidos?
Desci do céu ao inferno
Acordo
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