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O inverno chegou

  • Foto do escritor: Clara Godoy
    Clara Godoy
  • 22 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Olá meus queridos! Hoje trago uma segunda parte e continuação do texto Outono e Inverno (publicado anteriormente). A medida que vou escrevendo, pode ser que eu acabe transformando esses textos em uma coletânea por si própria. Seja como for, vou postando regularmente! Aproveitem!



O inverno chegou


O inverno chegou no meu coração. A neve se acumula aos poucos, as brisas frias batendo, os animais se escondendo do frio, e as folhas, escassas, ainda caem no chão. Apesar de ser outono, meu corpo todo está frio. Eu sinto calafrios, não consigo dormir. Se não tenho pesadelos, não consigo relaxar, descansar. Sinto como se estivesse toda anestesiada. O demônio volta ao meu coração como se nunca tivesse saído. Ele me controla agora. Ele tira a alegria da vida, tudo vira cinza, estático. E eu nem sinto mais as minhas lágrimas.


A brincadeira foi ter mexido desse jeito com meu coração. Foi cruel. Manipulou meus sentimentos como uma marionete, puxando os fios que faziam meu coração sangrar. Eu dancei a sua dança estúpida. Me apaixonei por uma pessoa que pisou nos meus sentimentos sem dó. Eu não importava para ele. Tanto é que ele não se importava em anunciar a todos que estava sozinho, de maneiras que baixaram meu olhar aos meus pés.


Eu não sei, se depois de tudo estar apodrecido, nascerá de novo. Ao que me parece, esse será um longo inverno no meu coração. Ainda dói muito, seu descaso. Ainda dói muito, o acaso. Por que eu tenho que receber uma punição da qual não fiz nada? Por que enfiou a faca no meu coração, e retorcia sem parar, como se quisesse me ver sofrer, como se quisesse ver minhas lágrimas caindo?


Não vou me perdoar pela minha burrice. O melhor, foi que essa enfermidade, na efemeridade, irá passar. E algum dia, vai doer menos. Ainda me machuca muito, mas pelo menos já retirei a faca. Agora, dia a dia, vou tentar me erguer novamente, dia a dia, vou seguir meu caminho.


Depois desse incêndio, vou me reescrever. Vou tentar me reerguer aos poucos, tropeçando um pouco, chorando e secando as lágrimas, correndo e andando, tentando dar um novo significado a vida que não seja você.


Espero que você seja feliz. Do fundo do meu coração, não sei quando a primavera atingirá meu coração novamente. Talvez demore anos para que todo o gelo se descongele. Mas você ainda estará no meu coração.










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