Não existe espaço para o amor- Parte 1

Boa tarde meus leitores assíduos, ou só pessoas que gostam do meu conteúdo. Hoje Publicarei um texto que escrevi em 2019, em uma fatídica tarde no final de um longo inverno. Espero que gostem! (ps: esse texto não tem relação com os textos Outono e Inverno e O inverno chegou) (ps2: ele é mais curto que o normal)

Não existe espaço para o amor

Naquela tarde, realmente morri. Por que em minha alma, algo havia quebrado. As palavras que trocamos, aquela vez que eu passei pelo corredor olhando para o além, além de você. E a minha alma que pouco importa, vai desfalecendo, suas palavras, o amor que me recuso a sentir. A raiva de te amar, a vontade de gritar, a vontade de correr, de chorar. A vontade de deixar meus sentimentos te alcançarem. Mas algumas pessoas são cegadas pelo que acham certo. Mas como o certo e o errado se confundem, por que elas fazem o que fazem?

É fácil ser 3 pessoas. E quando eu deixo cair a minha postura, sua persona vivaz se torna contra mim. Sou duas, mas falei como a verdadeira, naquela tarde em que minha alma quebrou. Não há espaço para a verdadeira, há trabalho, há responsabilidade, não existe nada, nada mais que eu sirva. A comissária do caos se vê rendida.

Meus sentimentos como redemoinho, e sua face no olho do furacão. Não posso falar, para aquela que me perguntou, que é você que me faz sofrer. Por que a máscara de uma é muito frágil, não existe sopro fraco que não quebre ela em pedaços. É fácil falar, difícil é fazer não? Mas parece que fui deposta. O amor que parecia sentir, dissolve-se ao pensar naquela tarde. Por que essa foi essencial, por que não sei se dentro, fico viva ou morro. Bebo meu próprio veneno, o amor que teci. Amar é inútil, e eu sinto raiva de amar. Não podia, não devia acreditar que eu seria vista como mais do que minha máscara. Não podia. Mas agora nada importa.

Nada que eu possa fazer. Nada nada. Ninguém a quem gritar. Ninguém. Certamente, serei corroída por isso. Certamente. Por que aquela tarde não pode ser mais apagada.